Vila Pavão completa 29 anos de emancipação política

Com uma grande comunidade de descendentes de pomeranos e forte agricultura familiar, com predominância das lavouras cafeeiras em renovação, pecuária em expansão, e a suas diversificadas jazidas de granitos, guardadas as proporções, vem se destacando no cenário econômico, educacional  e cultural capixaba.

01 de julho de 2019 às 00h00.

 

Vila Pavão completa neste 1º julho 29 anos de emancipação. A cidade chama atenção pela tradição cultural do povo, suas belas formações rochosas, sua culinária e várias outras peculiaridades que dão ao município características muito especiais.

O município tem hoje mais de 9.000 habitantes, dos quais 78% residem na zona rural.

Com uma grande comunidade de descendentes de pomeranos e forte agricultura familiar, com predominância das lavouras cafeeiras em renovação, pecuária em expansão, e a suas diversificadas jazidas de granitos, guardadas as proporções, vem se destacando no cenário econômico, educacional e cultural capixaba.

O município realiza todos os anos a Pomitafro. Esse movimento cultural que completa 30 anos surgiu antes da emancipação política da cidade e tem por finalidade enaltecer e promover a integração étnica entre os povos que ajudaram a construir a identidade local.  É considerada a festa da cidade e este ano será realizada entre os dias 28 de agosto a 1º setembro.

Com índices baixíssimos de criminalidade, a religiosidade também é muito forte na região.

Emancipação e história

O Município de Vila Pavão foi emancipado de Nova Venécia no dia 01 de julho de 1990 (dia do Plebiscito também oficializado como o dia da Cidade). O seu território pertencia à Nova Venécia que na época era distrito de São Mateus, colonizado na década de 1920 por caboclos que fugiam da seca do sertão mineiro e baiano e por madeireiros que ganhavam dinheiro com a nobre madeira existente nessa parte da Mata Atlântica.

Depois, nos anos de 1940 chegaram os três grupos que dariam identidade a Vila Pavão: algumas famílias afrodescendentes ocuparam a região de Todos Santos e do Córrego Santo Estevão. Os pomeranos em grande maioria ocupava o então distrito de Córrego Grande especialmente a sede, Córrego da Lajinha, Córrego da Peneira, Córrego do Mutum, Praça Rica e Córrego do Sossego e os italianos no Córrego das Flores, Córrego do Paraíso e Córrego da Rapadura. O nome Vila “Pavão” foi colocado, assim como muitos nomes no Brasil, por tropeiros. Os tropeiros e suas tropas, principal meio de transporte no Brasil nesse período e por muitos séculos antes, pernoitavam numa enorme e única casa numa encruzilhada, onde hoje fica o centro de Vila Pavão. Essa casa, como muitas, tinha um desenho na varanda. Era o desenho desse famoso pássaro de origem indiana. Os tropeiros pernoitavam, descansavam e alimentavam suas tropas na “Casa do Pavão” mais tarde na “Vila Pavão”.

Na década de 1950, com a abertura da estrada de Vila Pavão a Nova Venécia feita a enxadão coordenado pela família Reblin, a madeira mais distante passaria a ser transportada por caminhões até Nova Venécia. Nesse período grande levas de imigrantes pomeranos e italianos vem da região serrana (Afonso Claudio, Laranja da Terra, Santa Leopoldin), Pancas (Lajinha), Baixo Guandu, Aimorés (Itueta) para Vila Pavão que na época pertencia a Nova Venécia que se estava emancipando de São Mateus (1954) .

Distrito de Córrego Grande

Vila Pavão ou o Distrito de Córrego Grande em pouco tempo transformou-se no principal distrito de Nova Venécia e 30 anos depois já teria condições de ser município também.

No final da década de 1960, com a política de erradicação do café e o aumento do número de filhos, muitos pavoenses migraram para Rondônia, especialmente com destino ao Espigão do Oeste, que era distrito do município de Pimenta Bueno, e de acordo com a estatísticas Vila Pavão na época perdeu em torno 40% de sua população nesse processo migratório.

A luta pela emancipação

A emancipação começou com a organização do povo.  A busca pela sua libertação começa no conhecimento dos seus direitos como cidadãos, do grau de conscientização de sua população e da sua organização política. O papel de suas lideranças políticas, comunitárias, sindicais, estudantis e religiosas foi fundamental nesse processo de libertação. A capacidade dessas lideranças de conscientizar e articular sua população foi o caminho para sua emancipação.

A agricultura familiar no município é sua principal característica e ainda hoje é o setor que mais emprega e gera renda em Vila Pavão. As lindas elevações de granito denominadas “pedras” que fazem da paisagem uma das mais lindas da região e do Brasil.  Vila Pavão tem uma das maiores jazidas de granito do mundo. Situada no norte do Espírito Santo, Vila Pavão faz limites com Ecoporanga, Barra de São Francisco e Nova Venécia.

Vila Pavão está localizada a 268 km de Vitória, 29 km de Nova Venécia e 48 km de Barra de São Francisco. A área do seu território é de 435km2. Além da sede o município tem as vilas de Praça Rica (15 km) e Todos Santos (17 km) como principais aglomerações urbanas. O nome distrito de Córrego Grande vem da sua paisagem natural e hidrográfica formada por centenas de córregos que nos proporcionam visualizar lindas cachoeiras, lagos e represas, além do Rio XV e Rio Cricaré. Alguns desses córregos, o Rio XV e o Rio Cricaré servem de limites de grande parte da nossa área geográfica.

* Informações: Estudos do escritor e sociólogo Jorge Kuster Jacob.

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