Município completa 32 anos de emancipação política

30 de junho de 2022 às 00h00.

 

Por Cléber Sabino - Ascom-PMVP
E-mail: comunicacao@vilapavao.es.gov.br, tel: (27) 99962-1857)

 

1º de julho é uma data especial para Vila Pavão. Nesse dia, o município comemora 32 anos de emancipação política.

Encravada no meio de lindas formações rochosas, a cidade está localizada a 268 km da capital Vitória, 29 km de Nova Venécia e 48 km de Barra de São Francisco. A área do seu território é de 435 km2. Conta com a sede onde está localizada a Prefeitura Municipal, os distritos de Praça Rica e Todos Santos e os patrimônios de Todos os Anjos e Conceição do XV que juntos concentram as principais aglomerações urbanas.

Além da formidável paisagem natural, o aspecto  hidrográfico chama a atenção com centenas de córregos, e ainda os rios XV de Novembro e Cricaré que proporcionam a formação de cachoeiras, lagos e represas e também delimitam a área geográfica do município.

A força motriz da economia local é a agricultura com um parque cafeeiro em franca expansão. A pecuária, a fruticultura e o extrativismo mineral também colaboram com o processo de desenvolvimento, impulsionando o comércio e gerando emprego e renda para a população.

No aspecto cultural, a cidade promove o resgate do orgulho de suas origens sejam elas pomerana, italiana, afro-brasileira ou qualquer outra  por meio de um intenso movimento cultural, cuja maior expressão é a Pomitafro, um  dos maiores eventos culturais do Estado do ES.

A emancipação

Emancipação significa o ato de tornar livre ou independente. Em Filosofia, a emancipação é a luta das minorias pelos seus direitos de igualdade ou pelos seus direitos políticos enquanto cidadãos.

A emancipação é um processo permanente uma vez que tudo está em constante desenvolvimento.

Desde o início da década de 1980, lideranças influentes daquele tempo tentavam emancipar o então distrito de Córrego Grande, atual área territorial de Vila Pavão, porém, as iniciativas eram interrompidas por algum entrave.

Nessa época, o distrito de Córrego Grande,  encontrava-se em boa condição econômica, sobretudo pela produção das lavouras cafeeiras. Esse era um dos principais requisitos exigidos pela lei vigente da época que tratava do assunto. Mas, o distrito não conseguia atingir a meta de 0005 (cinco milésimo) da arrecadação do Estado, alíquota exigida para o processo de emancipação andar. Os outros itens exigidos eram: número de casa na sede, percentual de eleitores, não prejudicar o município mãe e plebiscito.

Detalhes 

Por iniciativa do vereador Antônio Teixeira Maria (in memoriam), representante do distrito de Córrego Grande na Câmara Municipal de Nova Venécia, foi criado o Grupo Pró-EmanciPavão em 1988. O grupo composto por professores, pastores, padres, lideranças urbanas e rurais, estudantes, entre outros, se reunia todas as segundas-feiras para debater e encaminhar o tema.

No início, os encontros eram poucos representativos, no entanto, quando o grupo passou a debater outros temas e até realizar mutirões com intuito de consertar estradas e outras obras públicas, a participação melhorou.

.O ponto crucial para atender a lei e levar adiante o sonho da emancipação era elevar a arrecadação do distrito, então, foi montada uma estratégia que consistiu em visitas a comerciantes, compradores de café e produtores rurais, a fim de conscientizá-los orientá-los sobre a forma correta de emissão de nota fiscal. A ação surtiu efeito, e em pouco tempo, a arrecadação atingiu 0003 milésimos. Por sorte, a Assembleia Legislativa do Espírito Santo (ALES) havia mudado a alíquota de 0005 (cinco milésimo) para 0002.5 (dois pontos e meio milésimos), devido à mudança na lei, o processo prosseguiu, só faltando o plebiscito para a sua conclusão.

A Justiça Eleitoral marcou o plebiscito para o dia 01 de julho de 1990. Puxada pelo grupo EmanciPavão, uma grande campanha foi implementada.

Os contra

Como conta o pesquisador e um dos fundadores do Grupo EmanciPavão, Jorge Kuster Jacob, a emancipação política de Vila Pavão sofreu resistência de conservadores que incentivavam o voto contra das pessoas sob pretexto de que a Vila perderia sua tranquilidade, teria muita fiscalização, entre outros boatos. Isso assustou alguns eleitores, mas a campanha prosseguiu com comícios na sede e nos principais vilarejos. Ao final, a vontade de maior parte da população prevaleceu e o distrito finalmente havia conseguido se separar do município mãe, Nova Venécia. Um fator determinante segundo o pesquisador, para a efetivação da emancipação foi a atuação das igrejas, escolas e sindicatos.

No dia do plebiscito chovia muito e as estradas do interior estavam praticamente intransitáveis, o que impediu alguns chegar às urnas de votação, mas de outra forma, motivou muitos a andar a pé, a cavalo ou de moto para votar. No final do dia de um total de 3.837 eleitores, compareceram 2.290 eleitores, 1.547 não foram votar, 2.123 votaram “sim”, 108 votaram “não”, 23 anularam o voto e 27 votaram em branco. Estava praticamente decretada a criação do 68° município do Espírito Santo. Para o plebiscito foram montadas 18 seções de votação. O relatório de cada sessão encontra-se no arquivo histórico do pesquisador.

Nesse dia 01 de julho de 1990, uma grande festa coordenada pelo Grupo Pro-EmanciPavão, entrou noite adentro.

1º de julho, dia da cidade

Geralmente o “dia do município” é escolhido no dia em que o Governador do Estado sanciona a lei. Mas,  por sugestão e argumentos do secretário de Educação e Cultura na época Jorge Kuster Jacob, o prefeito Erno Júlio Dieter, decretou o 1º de julho como o dia da cidade, uma vez que a população teve grande participação nesse importante ato de cidadania.

Com a emancipação de Vila Pavão, Nova Venécia perdeu 32% de sua área e cerca de 30% da sua produção de café. Na época, a população estimada era de 12 mil habitantes.

A sanção do governador Max de Freitas Mauro foi em Praça Pública no dia 11 de janeiro de 1991. A primeira eleição eleição  foi realizada no dia 03 de outubro de 1992. Em 1º de janeiro de 1993, prefeito, vice-prefeito e vereadores foram empossados na varanda da Secretaria de Cultura (hoje) e Prefeitura Municipal (na época), imóvel adquirido do Sr. Emilio Berger (in memoriam), com recursos angariados de uma festa. Importante destacar que os recursos arrecadados não cobriram o valor do imóvel, mas, mesmo assim Sr. Emilio Berger, o repassou para o novo município.

União política

A união política é uma das marcas da atual gestão municipal. O prefeito da cidade, Uelikson Boone, o Bolinha, juntamente com a Câmara de Vereadores e equipe de governo, busca o alinhamento de todas forças políticas com o foco num projeto de desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida da população.

“Por acreditar que um ambiente de de paz, integração e soma de esforços e ideias contribui muito para a captação de recursos nas esferas estaduais e federais, com celeridade e eficiência na elaboração e execução de projetos, é que tenho liderado o projeto de crescimento e melhoria notável do nosso município, numa metodologia de respeitar as pessoas, as entidades e a sociedade civil organizada como um todo”, diz.

“Temos concluídas várias obras e angariado várias outras conquistas, como por exemplo, a renovação da frota municipal de máquinas e veículos, em 18 meses de gestão. E agora vamos entrar numa fase de iniciar muitas obras estruturantes, como: construção de três escolas, unidade de saúde, centro de referência do idoso, reforma do Ginásio poliesportivo e do campo Bom de Bola, pavimentação de ruas na cidade, calçamento rural, pavimentação de trecho de estrada com Revisol e preparação da nova área de festas para realização da 23ª Pomitafro. Isso tudo nos deixa muito felizes porque, em primeiro lugar, temos orgulho de ser pavoenses, e por termos conseguido avançar tanto em tão pouco tempo, com a soma de esforços de todos aqueles que querem um Vila Pavão melhor”, prosseguiu.

O prefeito encerrou, parabenizando todos os pavoenses pela tão importante data.

 

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