Câmara Municipal promove Sessão Solene para homenagear Gruppo Folkloristico Picollo Pavone

10 de agosto de 2018 às 15h43.



Em clima de emoção, a Câmara de Vereadores de Vila Pavão realizou Sessão Solene em homenagem aos  25 anos do Gruppo Folkloristico Picollo Pavone.

Durante a homenagem,  todos os vereadores, além do Prefeito Irineu Wutke,  secretário de Cultura e Turismo Gil Breger Lauvers Paz;  sociólogo Jorge Kuster Jacob e o educador  Josimar Bichi, deram depoimentos ressaltando a importância do grupo para enriquecimento da cultura local. O evento,  realizado na última terça-feira (7), no plenário da casa de lei, contou ainda com a presença dos atuais dançarinos vestidos em traje típicos, ex-integrantes do grupo, entre outros.

Os vereadores destacaram a importância social do grupo, que através, da dança e da música,  oferece aos jovens,  alternativa em meio ao momento conturbado que vivenciamos, os ajudando a se tornar cidadãos comprometidos com a comunidade.

O legislativo pavoense,  no mês de maio passado havia promovido igual Sessão Solene para homenagear os 30 anos de história do Folclórico Pomerano Fauhån.

Até os dias de hoje, mais de 200 jovens e crianças passaram grupo que ultrapassou a marca de 300 apresentações, o que equivale a exatamente uma apresentação para cada mês desses 25 anos. Muitos dos integrantes do grupo infantil e até do grupo adulto que estão aqui hoje, são filhos e sobrinhos daqueles que a 25 anos atrás formaram o Piccolo Pavone.



Em um discurso emocionado, a coordenadora e fundadora,  Libian Timm Paganoto Rossim contou a história, destacando as dificuldades e conquistas do grupo. “Há muitos anos atrás, quando esse grupo ainda estava no começo, um de nossos mestres, nos disse que antes de levar esse trabalho adiante, deveríamos fazer a seguinte reflexão: Esse grupo existe porque a comunidade o quer ou ele existe porque apenas vocês poucos querem que ele exista? Particularmente eu guardei essa dúvida comigo e a cada fraquejada, a cada vez que eu pensava em desistir e pensava que de fato nós não tínhamos uma comunidade para nos apoiar, porque Vila Pavão não possui aquilo que se pode chamar de uma comunidade italiana, eu sempre que  sentia vontade de desistir, olhava ao meu redor e me dava conta de que jamais estive só nessa empreitada. São tantos rostos, tantos nomes, tantas mãos.... Por isso, estou convicta de que ter a oportunidade de celebrar 25 anos só pode significar uma coisa: esse é um momento totalmente dedicado a gratidão”, revelou.

O  Grupo Folkloristico Picollo Pavone  é o único grupo de danças italianas capixaba a existir por 25 anos ininterruptos. É o mais antigo grupo folclórico italiano do estado do ES que possui a maior concentração de descendentes de imigrantes italianos. Somos 62,3% da população capixaba, justamente aqui no Espírito Santo, berço da imigração italiana no Brasil. Imaginem isso: somos o grupo italiano mais antigo, do estado mais italiano fora da Itália. Somos sobreviventes cobrindo lacunas em comunidades italianas onde seus grupos não sobreviveram.

Durante o discurso Libian se perguntou: qual seria a importância de um grupo de danças para a vida de cada um de nós? “Certamente teríamos sobrevivido sem ele. Mas quando eu olho nas amizades que construímos aqui e em toda parte por onde andamos, quando me lembro da emoção das pessoas que vem nos cumprimentar após cada apresentação, nas aventuras e desventuras que vivemos juntos durante todo esse tempo, .eu vejo que era necessário”, ponderou

Sobre as dificuldades disse:  “Elas nos tornaram fortes e sempre tivemos o socorro necessário na hora exata: em primeiro lugar sempre tivemos Deus nos protegendo pois lá se foram quase 80 mil quilômetros rodados sem jamais sofrer um susto que seja, depois nossas famílias sempre com um par de mãos extras na hora do trabalho, tolerância em nossas ausências, cuidado com os trajes, a carona certa na chegada, em seguida nossos voluntários, sempre prontos a tudo a qualquer hora, sem hora para começar e principalmente sem hora para parar, e nossos comerciantes. Se precisávamos de camisetas – eles ajudavam, se o problema era a gasolina – também ajudavam.  Independente da quantidade, antes de se ouvir falar em editais de chamamento público, nossa maior suporte financeiro veio do comércio e dos produtores rurais. Depois ainda temos a Igreja Missoure, quando ninguém acreditava, a comunidade, por intermédio do Pastor Ernani Zimmer e sua diretoria, gentilmente, nos cederam espaço para os ensaios. Ainda temos a Prefeitura Municipal que da maneira como podia, fosse pagando parte do nosso primeiro traje ainda no governo do prefeito Erno Julio Dieter, ou sempre, da melhor forma possível, nos cedendo transporte e tantas outras formas de ajuda”.

A história

- Piccolo Pavone é o nome que foi dado a barraca italiana quando era coordenada por Leila Simonassi. Quando foi criado,  o grupo de danças adotou o mesmo nome da barraca, sendo Grupo de Danças Folclóricas Italianas Piccolo Pavone;

- O Grupo foi fundado por Libian e Luciene Timm Paganoto e por Marcos Antônio Pratissoli, Lindomar Batista e Leila Simonassi Soares;

- A turma que coordenava e trabalhava na barraca foi desafiada a formar um grupo de dança por causa da Pomitafro. A única referência que havia era um grupo de danças italianas que havia em São Gabriel da Palha- Em 2014  o grupo passou a se chamar Gruppo Folklorisitico Piccolo Pavone;

- O grupo é o hoje o mais antigo grupo de danças italianas do estado do Espírito Santo;

- Em seus primeiros anos, os ensaios eram realizados no pátio da Igreja Evangélica Luterana do Brasil, Igreja Missoure de Vila Pavão, com a autorização e apoio de Pastor Ernani e da diretoria da Igreja;

- Desde seu início o grupo fincou sua sede e suas ações na residência de Dona Neuza e Celestino Paganoto, apoiadores incondicionais do grupo. A barraca italiana foi feita no quintal de sua residência por muitos anos.

CECIVIP:

- Em 2004, os integrantes do grupo, objetivando uma maior organização, fundaram o CECIVIP - Centro de Cultura Italiana de Vila Pavão;

- Em 2010 o CECIVIP tornou-se Ponto de Cultura por meio de projeto escrito e proposto por Jorge Kuster Jacob e Karin Hilde Dieter.

Tajes:

- Quando fez sua estréia em 10 de agosto de 1993 o Piccolo Pavone usava um traje masculino simples, confeccionado pelas costureiras que trabalhavam na fábrica da Dona Neuza Kalke: Mailza de Oliveira e Nilza Hoffmann. A parte feminina do traje pegamos emprestado da escola Stanislaw Zucolotto de Nova Venécia;

- Como precisamos devolver rapidamente esse traje feminino e não tínhamos recursos para confeccionar um, o grupo Pomerano de Vila Pavão nos emprestou seu traje feminino velho para que pudéssemos dançar;

- O primeiro traje completo do grupo, feito em 1998, foi patrocinado pela FETAES, COOPNORTE E COABRIEL em um patrocínio conquistado após uma apresentação feita na festa do Cooperativismo realizada no ginásio de esportes de Nova Venécia. Desse traje a costura foi paga pela Prefeitura Municipal de Vila Pavão no governo do Prefeito Erno Julio Dieter. Esse traje típico da região da Campagna, foi confeccionado pela costureira Lúcia, de São Gabriel da Palha e para isso, tivemos que levar todos os dançarinos aquela cidade pelo menos duas vezes;

- Depois, em 2003,  fizemos um traje mais completo, com bordados lindos, mas era um traje “showclórico, totalmente confeccionado por Nilza Hoffmann;

- Em 2012, por meio de uma emenda parlamentar do Deputado Estadual Roberto Carlos fizemos um traje siciliano que foi confeccionado por Mailza de Oliveira;

- Já em 2013, com financiamento parcial de  recursos do Ponto de Cultura, confeccionamos um segundo traje, dessa vez trentino, que foi totalmente feito na empresa Rewil Trajes do Rio Grande do Sul;

- Atualmente o Piccolo Pavone possui dois trajes diferentes em uso: Um traje da região da Sícilia – Sul da Ítália e outro do trentino-Alto Adige, norte da Itália.

O estandarte:

- O pavão que orna o estandarte foi desenhado por Valdislane Rossim, o desenho original do pavão encontra-se em uma moldura e foi totalmente desenhado com lápis de cor em uma cartolina;

- O estandarte do grupo foi bordado por Dona Carmela,  famosa bordadeira de paramentos para altar, na cidade de Vila Valério.

Grupo Infanto Juvenil:

- O primeiro grupo infanto juvenil foi criado em 2003 e foi coordenado por Amábyle Oliveira que também era integrante desse grupo;

- Em 2013, por ocasião do 20º aniversário do Piccolo Pavone, foi criado um novo grupo infantil, hoje infanto juvenil, coordenado por Julio Cesar e sua esposa  Emeliane Fanti, ambos ex-integrantes do Piccolo Pavone;

- Esse grupo é carinhosamente chamado de Piccolino e está composto por 26 crianças;

- Dos integrantes atuais, muitos são filhos ou sobrinhos dos primeiros integrantes do grupo adulto.

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