Desde o dia 1º de novembro, a maioria dos alunos das Redes Estadual e Municipal de Ensino de Vila Pavão não estão podendo frequentar às salas de aulas por causa da paralisação do transporte escolar do município.
O transporte de alunos nos município é bancado pelo Governo do Estado, através de recursos repassados ao município que, por sua vez, contrata as empresas prestadoras do serviço. Vila Pavão possui 18 linhas de transporte escolar. O serviço é realizado por três empresas: Tose Transportes, VKS Transportes e Transcolar que transportam os alunos no interior do município para as escolas EEEFM Professora Ana Portela de Sá e Centro integrado de Educação Rural – CEIER, e algumas escolas municipais, através de compartilhamento com o Governo Municipal.
Conforme levantamento da secretaria municipal de Educação, estão sendo prejudicados aproximadamente 301 jovens que estudam no CEIER e EEEFM Professora Ana Portela de Sá, e outros 138 alunos da Rede Municipal de Ensino.
Diretores, professores, alunos e pais de alunos das escolas afetadas reclamam que não foram avisados que haveria paralisação. Na manhã da última terça-feira (01), muitos alunos foram pegos de surpresa e tiveram que retornar para casa.
As escolas estaduais EEEFM Professora Ana Portela e CEIER, mesmo com poucos alunos frequentando às aulas, continuam funcionando normalmente. No Ceier, escola situada a quatro quilômetros de distância da sede Vila Pavão, segundo informações dos coordenadores escolares, são poucos os alunos que não necessitam do serviço. A maioria reside na zona rural do município e não tem como chegar à escola.
Os empresários do setor alegam que paralisaram as atividades, primeiro porque estavam trabalhando sob a forma de um contrato provisório com a Secretaria de Estado da Educação (SEDU) que venceu no último dia 31 de outubro e segundo, porque não concordam com a tabela de pagamento do Governo do Estado.
A encarregada pelo setor de transporte escolar do município, Claudiane Rodrigues da Silva, informou que a Secretaria municipal de Educação fez o possível para evitar a paralisação, mediando inclusive, as negociações entre os empresários e a Secretaria de Estado da Educação (SEDU).
Segundo Claudiane, na segunda-feira da semana que vem, uma equipe da SEDU estará no município realizando um novo georreferenciamento (mediação, dimensão e localização, através de métodos de levantamento topográfico) das linhas do transporte escolar do município.
De acordo com ela, a normalidade do transporte escolar depende desse levantamento. Enquanto isso, o serviço segue interrompido em todo o município.
